Esmalte

Esta imagem é de um dente que sofreu processo de desgaste para visualização em microscopia de luz. Nesta lâmina é possível identificar o aspecto do esmalte e da dentina de um dente in natura. A dentina possui um aspecto acinzentado enquanto que o esmalte um aspecto acastanhado. Entre os dois encontra-se a Junção Amelo-Dentinária. Pode-se ainda observar uma das estruturas do esmalte: a fissura. As fissuras podem ser em “V”, em “I” ou em “Y”. Neste caso, vemos uma fissura em “I”. (Corte transversal de dente; técnica de desgaste)

 

No decorrer da formação do esmalte, várias estruturas se formaram e ficam aparentes quando visualizadas no processamento por desgate. Nesta imagem, pode-se ver claramente as linhas de Retzius, que refletem períodos de deposição e repouso intermitentes na formação do esmalte (linhas incrementais). Note como elas encontram-se paralelas umas as outras e em relação à JAD. Próximo da superfície externa do esmalte estas linhas formam sulcos rasos chamados de periquimáceas (não vistos nesta imagem). (Corte transversal de dente; técnica de desgaste)

 

Além das linhas de Retzius, pode-se observar uma linha perpendicular às linhas de Retzius que atravessam o esmalte da junção amelo-dentinária até a superfície externa do esmalte, são as estriações transversais. Estas estriações podem não ser nítidas em toda a sua extensão, sendo mais claras próxima da superfície externa do esmalte. (Corte transversal de dente; técnica de desgaste)

 

Em regiões correspondentes a pontas de cúspides e bordas incisais, aparecem estruturas pontiagudas que se irradiam da dentina invadindo o esmalte: são os fusos de esmalte. Estas estruturas se formam nos primeiros momentos da amelogênese quando alguns prolongamentos dos odontoblastos invadem a região do futuro esmalte, formando uma projeção de um túbulo dentinário na matriz de esmalte. (Corte transversal de dente; técnica de desgaste)

 

Outra estrutura presente no esmalte são os tufos de esmalte, que levam este nome, pois lembram tufos de grama. Os tufos iniciam na junção amelo-dentinária e se projetam para o esmalte avançando até 1/3 da espessura do esmalte. São regiões hipomineralizadas com alta concentração da proteína tufelina. Compare o tamanho e a morfologia do fuso do esmalte com o tufo do esmalte. (Corte transversal de dente; técnica de desgaste)

 

Pode-se ainda encontrar no esmalte as lamelas de esmalte: regiões lineares hipomineralizadas em forma de fita que se estendem da junção amelo-dentinária até a superfície externa do esmalte. (Corte transversal de dente; técnica de desgaste)